segunda-feira, 10 de outubro de 2011

BR-392

Singrando
Veloz
Voraz
O pélago de asfalto

Quebrando o vento
Vou correr
Mais e mais
Voar
Pela 392


Rodovia
Vasta em perigo
Mas sigo
Célere
Louco

Rompendo artérias
A milésimos
Da clara luz
Entorpecente

O ar é um zumbido
Um gemido
No limiar
Da sanidade


Ah
Teus braços
            Multiplicados

Desejo

Volição de me acabar
No teu corpo
Agora

Ah
Sou jovem
            Novamente

Um vulto de chama

                        Desarvorado
Ardendo
Apolo em sua carruagem de fogo

A 392
Entre nós dois

Mas não é tão grande
A distância
Para quem corre sem medo
Da autodestruição

Grande é o rio
Onde se afoga
O coração...

5 comentários:

jéssica de mello disse...

nem 46.000 verbetes da lingua portuguesa descreveriam a genealidade!!!!!
parabéns
jéssica

Vinícius disse...

Boa e velha 392, meu caminho quase diário de dois anos...! Boa, Léo!

Unknown disse...

Fico feliz que tenham gostado do poema. Obrigado pelo feedback.
Abraços

Alexandre Antonio disse...

A poética do Leonardo é surpreendente. Cara, tá cada vez mais fodão!
Parabéns, bixo!

Unknown disse...

Obrigado Otário. São comentários como o seu e dos demais amigos que dão o estímulo para eu continuar sempre tentando encontrar meu caminho poético.