Um dos Cinco Poemas Lusos - parte de um livro que ainda não existe.
O fado, o abismo
Consumiu voraz
As caravelas
ébrias
Do meu pensar
Em vão, aventura
Diuturna, muda
Em vão quisera
provar
A esfericidade da
terra
Vários outonos
Sem fruto sem
gosto
Primaveras sem
viço
Num porto de sal
Monstros marinhos
Perigo mitológico
Na lógica faina
De navegar
Inútil o desenho
Da real
cartografia
Para o contorno
da áfrica
Atlântico padecer
Sem índico remate
Aquém da riqueza
oriental
Barão martirizado
Roto esquecido
No périplo de
seus dias
Iguais
Iguaria de Cronos
Ah, qual deus
entre tantos
No regimento dos
Sete Céus
Vedou o albor de
um horizonte
E transtornou o
mundo
em um plano
pedaço
de areia & mar.
Um rude disco
Com abismos
Em todos sentidos
(mesmo que já não
faça sentido
O mito)
Ah, qual deus
entre tantos
No regimento dos
Sete Céus
Transformou em viver
O verbo navegar.
Um comentário:
Po, cara. Achei bem interessante. Bem diferente do que estou acostumado a ler, pelo menos.
Se quiser, dá uma lidas nas minhas porcarias:
http://anarchyink.blogspot.com.br/
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