À mesa tosca de trabalho
Um toco de lápis
Um papel amassado
À espera do poema
O poema que não vem
Rabisco meu nome
Espero a musa
Traidora
Tão palpável
Que inexiste
Deito decepcionado
Fecho os olhos
E
Finalmente
Ele vem completo
O poema!
Mas não consigo levantar
Papel e lápis no outro lado da casa
A cama me abraça
Adormeço
Ao som dos versos incorpóreos
No outro dia
Acordo prosaico
Estrofes comidas pelo esquecimento
Mais um poema perdido.
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