Os brinquedos desamparados
No sótão
Definham
Ninguém tem coragem
De colocá-los fora
Os brinquedos órfãos
lembram do menino
A brincar
A brincar
Ninguém tem coragem
De contrariá-los
Para eles, o menino era um deus
Pois atribuía sentido às suas vidas de brinquedo
Às suas aventuras de plástico
Eles choram como se fossem vivos
Eles morrem aos poucos como se fossem gente
Os brinquedos no sótão
Pensam em deus e num conceito para acreditar
Para eles, o menino era um deus
Pra o menino, houve algum deus?
O menino
Morto aos seis anos de idade…
Leonardo Alves
Leonardo Alves
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