sábado, 18 de junho de 2011

Cogito Ergo Sum


 
Rodrigo Oliveira
(Música de de Leonardo Alves & Rodrigo Oliveira)
Eu estava ouvindo bastante a discografia solo de John Lennon, à época. Lembro que “Steel and Glass” foi uma das canções que ouvi repetidas vezes. A partir dessa inspiração, rabisquei alguma coisa num papel (sem ligação com a letra da música do Lennon, mas com o estado de espírito que ela me despertava) e comecei a inventar uma canção em tom Am. Eu queria um refrão com uma nota sustentada por longo tempo, como na música do John; entretanto, como eu tinha escrito a letra primeiro,  sem muito refletir nas questões fonéticas, não vi possibilidade. Criei um encadeamento básico em Am F7+ e E7, com algumas variantes e uma ponte em Bb, que agora, sinceramente, não lembro os acordes. Era o que eu tinha. Melodia, nenhuma. Então resolvi ligar para o Rodrigo
 -  Aí Rod, me ajuda a terminar uma música!
 -  Tô chegando aí...
Passei a coisa toda para o Rodrigo, mostrei minha ideia, expliquei sobre o que a letra versava. Ficamos lá tomando uns tragos, jogando conversa fora, mas não conseguimos chegar a grandes conclusões. Dois dias depois, recebo por e-mail uma demo da música. Praticamente pronta. E é esta canção que apresento nesse post.
Infelizmente nem eu, nem o Rodrigo temos muito tempo, hoje, para desenvolver nossa parceria musical. Mas espero ter oportunidade de compor mais um punhado de canções com esse brother. Claro, terminar esta canção, que intitulei provisoriamente com o nome pedante de “Cogito Ergo Sum”.
Na verdade, o que hoje apresento é uma demo, falta ainda inserir a última estrofe e aparar algumas arestas na letra. Eu coloquei aqui o texto original. Algumas alterações foram feitas para adaptar à melodia. Alterações, estas, que não estão presentes na letra que segue:

Eu sou um ser pensante
Na calçada da cidade
Eu tenho uma identidade
E minha própria verdade

Ou será que sou, tão somente
Mais uma face Sem fisionomia
Um rosto esmaecido
Na cidade adormecida?

Quem dera saber
Quem me dera acreditar
Que ainda consigo sentir
Que  ainda posso pensar

À beira do rio não me vejo
Desisto de sentir o coração
Eu sou apenas meu cartão
Meu carro, tudo que desejo

À beira do caos eu me vejo
No semblante sem cor
De cada um que passa
Como um silenciar de asas
 
Eu sou um ser pensante
Na calçada da cidade
Eu tenho uma identidade
E minha  própria verdade

Ou será que sou, tão somente
A fachada conservada
Que guarda a pós-moderna
Realidade de ser nada?

4 comentários:

Alexandre Antonio disse...

Cara, o argumento da música é muito bom. Se não tá pronta, quero ouví-la quando estiver. Não esquece de postar!

Unknown disse...

Pode deixar. Vou falar com o Rod e terminaremos esta canção. Teu comentário foi o impulso que precisávamos. Abração, brother.

Anônimo disse...

Cara, obrigado por me apresentar essa música! Tenho escutado ela quase todo dia, achei "foda"! Tu tem umonte de músicas legais meu, te dedica num disco demo pra posteridade!
Teu brother Fred.

Unknown disse...

E aí fred! fico lisongeado que goste das minhas canções! É um grande incentivo receber teu elogio. Pode deixar: o rodrigo, o skol e eu vamos nos debruçar em algumas músicas p ver se gravamos um lance padrão.
Muito obrigado por comentar aqui. Forte abraço, brother!