Eu abro a porta,
Ela sorri a minha gentileza
Com seu batom discreto
Rosto claro
Cabelo preto
E olhos de carbono
Colo claro,
Lábios brilhantes
Salto agulha
Diz que me ama
Eu digo “está tudo bem,
Onde vamos?”
É um lugar afetado
O mais perfeito vinho
E sutilezas no cardápio
Depois olhamos para as estrelas
Ela diz estar segura ao meu lado
Seu corpo perfeito
Uma tatuagem discreta no pescoço
Vestida apenas pela luz da janela
Eu toco nos seus sonhos
Ela diz que sou único
Depois vai para o espelho
Toma um banho e deita ao meu lado
Eu espreito a penumbra
E não consigo sorrir
Enquanto ela me afaga
Estou só
Eu e minha lembrança...
6 comentários:
Ah, esses fantasmas...
Malditos fantasmas! Fantasma que destruiu meu 2013. Mas esses desacertos dão certa graça à vida! Ou não? O eu lírico só quer um abraço sincero pra 2014...
Os desacertos são matéria para a poesia... [ainda bem].
P.s: Matei todos no plano ficcional. Dói menos.
Eu queria que poesia doesse menos. Mas se doesse menos, ficaria aquela coisa metalinguística, metacansativa de um João Cabral de Mello Neto. Heheheh
hahaha
Mas escrever é "doer-se". Inevitável.
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