É apenas um conto ou um exercício neste gênero. Ficção. O fato de um dos personagens ter meu nome é mera coincidência. Nada mais.
Sentado num dos
bancos da praça, num momento em que é permitido pensar. Intervalo do trabalho,
depois do almoço; coisas aconteciam em mim.
Em outro banco,
a minha frente, uma moça sentada, com olhar distante, perdida em pensamentos,
também. Uns vinte e poucos anos. Vestia-se discreta, sem roupas em voga, usava
uma sandália aberta, que dava para ver que tinha pés bonitos e bem cuidados. Os
olhos expressivos, que transpareciam inteligência e qualquer acento
melancólico, que provocava charme singular. Um rosto bonito, mas sem gritar
beleza. Era preciso olhar atentamente para entender que era bonita. Aquele tipo
de rosto que quanto mais se olha, mais se percebe nuanças que encantam, mas
podem passar despercebidas para os menos atentos. Pernas cruzadas. Segurava um
livro fechado.
Levantei e pedi
com delicadeza para sentar ao seu lado. A garota fez um silêncio que era
surpresa e susto. Disse sim, tremulamente. Falei para ela:
- Sabias que até
hoje não fui amado. Não falo por autocomiseração. Falo por dizer – Ela me olhou
com desconforto. Já parecia bem desconfortável com minha presença ao seu lado.
O espanto só aumentou. Foi se afastando lentamente para beira do banco de
cimento, a fim de manter distância. Talvez ela pensasse em sair correndo, ou
chamar algum guarda. Eu insisti:
- Verdade. Nunca
fui amado, no entanto amei bastante, até sentir o coração igual um trapo inútil,
pisoteado, defecado por cães. Ela respondeu:
- Moço, não
estou entendendo nada. Há algo surreal aqui. Deve ser uma espécie de sonho
maluco. Tu não existes. Mas se existes, o que tenho a ver com isso de ninguém
te amar?
-É simples –
respondi – Não fui amado. Até agora fui um desses isopores que vem em caixas de
produtos eletrônicos para preservá-los. Depois de sair da caixa não valem nada.
Ninguém sabe o que fazer com eles. Bem, gostaria de saber teu nome...
Ela hesitou como
se estivesse escolhendo a melhor forma de se livrar daquela conversa. Por fim,
disse:
-
Clarice.
-
Engraçado –respondi - o mesmo nome da autora cujo livro tu estás segurando.
-
Sim, coincidência – disse Clarice (agora já sabia o nome dela ou seu nickname.
Pelo menos podia me dirigir a ela através de um nome) – Mas, olha, moço, eu já
vou indo. Tenho que trabalhar, meu horário de intervalo tá acabando...
-Clarice,
peço desculpas se te assustei com meu jeito imprevisto, com minha abordagem
fora dos padrões. Fica mais um pouquinho. Por acaso tu já amou? Já foste amada?
-
Ah, que pergunta! – retrucou ela – Será
que tu não és um maníaco ou coisa parecida?
-
Te asseguro que não – respondi. Se fosse, eu seria muito mais convencional. Os
maníacos que andam aí sabem perfeitamente, mais que ninguém, assumir
normalidades. Vai um conselho: nunca acredita numa pessoa excessivamente normal
e de atitudes e palavras retilíneas. Claro, se eu fosse um maníaco ou algo
similar, não iria te dizer. Existem maníacos, também, excêntricos que nunca
foram amados e relatam isso para uma estranha. Então, acho que tua dúvida
permanece, não é?
Meu quase-humor, minha semi-piada fez
com que Clarice saísse um pouco da defensiva.
-
Então, Clarice, o que achas da situação: nunca fui amado. Sou um pêssego que
fica num prato, esquecido e perece, sozinho. As pessoas olham com certo nojo,
mas esquecem ou têm pena de pôr fora...
-
Ah, Deus, como és insistente, moço. Eu não imagino por que não foste amado. Sei
lá. E a tua mãe, não te amou?
-
Mãe não vale! Visto que me refiro ao
amor homem-mulher. Aquele que desde que o mundo é mundo, é tão falado e rimado
em poemas, sonetos e canções. Antes de Petrarca, Catulo. Já leu Safo?
-
Não conheço Safo nem Catulo. E, sinceramente, não sei por que não foste amado!
Nem te conheço, para começo de conversa!
-
Meu nome é Leonardo. Agora já sabes meu nome. É um começo. Então, por que será?
- Sinceramente
não sei. Há Pessoas sozinhas, como Eleanor Rigby, daquela canção dos Beatles.
Muitas são excêntricas demais ou cheiram mal ou simplesmente não nasceram para
esse tipo de amor que tu falas.
-Será
que eu cheiro mal? Ela sorriu. Consegui um primeiro sorriso de Clarice, minha
nobre desconhecida! Ela disse:
-
Não, tu és até bem perfumado! Mas sinto que fumas. Diminui um pouco tua
qualidade de rapaz cheiroso.
-
É, Clarice, acho que não nasci para o amor...
-
Ou és excêntrico demais. Tua abordagem me assustou. Pensei que fosse um maníaco.
Ainda tenho cá minhas dúvidas... Do nada tu vens com esse papo de amor, não ser
amado. Algo que fica entre a imaturidade e a loucura.
Eu me fechei um pouco. Alguns segundos.
Mas continuei, segurei o desconforto e segui conversando:
-
Clarice, tu és a primeira pessoa com a qual falo estas coisas. Tenho amigos e
amigas e nunca me aprofundei em revelar essa ferida que tenho. Quando perguntam
sobre minha vida afetiva, digo: “vai indo”. Mas olhei nos teus olhos. Tu, teu
livro da Clarice Lispector, esperando não sei o quê. Senti que eras a pessoa ideal para confessar
essa dor. E não creio que seja infantil ou maluco. É um de nossos temas mais
importantes. Nossa vida gira ao redor de trabalho, realizações pessoais e,
entre elas, está o amor como ponto central. Os mais hedonistas, bem no fundo,
esperam amar de verdade, um dia. A costureira viúva, de idade avançada também
pensa no amor e sente o vácuo de ter um lado da cama vazio. Hoje parece que
virou tabu falar de amor entre pessoas civilizadas, com um pouco de cultura.
Fala-se em concurso, prosperar, comprar carro, casa... Mas voltando: achei que
podias me ajudar...
-
Quer saber, Leonardo, também ando desacreditada no amor. Estou ficando com um
cara. Ele é bem atraente e temos uma intimidade que atende as expectativas, mas
falta algo. Deve ser o amor. Ou palavras. As palavras são escassas entre a
gente. É preciso forçar a mente para engendrar um assunto. É artificial. Definitivamente, não há amor!
-
Vocês têm um compromisso? Algo assim? Só curiosidade...
-
Para falar a verdade, não. De vez em quando ele me liga. E, sabe como é, estou
sozinha. Damos uma volta e então engendramos o grotesco ritual. Mais ou menos
como animais, porque não há uma ligação verdadeiramente carinhosa. Para mim, o
mais importante não é o sexo em si, mas o carinho e, principalmente o afeto que
vem depois. Um abraço prolongado e uma espécie de mágica que não acontece com
ele. Depois, chego a me sentir culpada. Mas passam umas duas semanas e a
carência me faz ceder. Agora estou determinada a acabar com isso.
-
Comigo acontece o mesmo. O Sexo fica burocrático sem um carinho maior. Não sei
se é idealizar demais. Na verdade, sexo também é uma necessidade, assim, como
as necessidades fisiológicas menos poéticas. Embora nunca tenha sido amado, já
fiz sexo, óbvio. A última mulher com quem me envolvi era casada. Prometeu que
se separaria para ficar comigo. Levei duas semanas para cair na real e
descobrir que ela jamais faria isso. Ela era ótima na cama, mas não me amava.
Eu era a aventura dela. Seu bicho de estimação. Eu saí a tempo de não me
apaixonar. Fugi. Ela disse que eu era puto. Nossa, como chegamos nesse assunto?
-
Ah, não sei. Foi tu que começou, Leonardo. Mas tudo bem, acho que tens razão, é
um assunto importante no qual gira boa parte dos nossos pensamentos. Amar, ser
amada. O valor do sexo...
-
E tu já chegaste a amar de verdade, Clarice? Foste correspondida?
-
Acho que umas duas vezes, para valer. Não sei se fui correspondida, mas
aconteceu. Com o primeiro foram dois anos de namoro. Eu me doei toda na relação,
mas ele era meio indiferente. Não sei se era o jeito dele de gostar... Parecia Mersalt, sabe aquele livro do Camus,
não lembro o nome. Nunca me negou nada, mas sempre dizia, “para mim tanto faz”.
Foi fácil discutir a relação com ele e acabar. Ele simplesmente disse: “quer
acabar? Para mim tanto faz...” Nunca esperaria nada diferente dele. A situação
era séria, mas tive de rir. Claro, chorei dois dias, mas passou. Já o segundo,
e último, antes desse cara que estou ficando, não aconteceu nada. O amor
adormeceu nos campo da idealização. Ele era querido, mas bastante tímido e eu
não sou muito de correr atrás. Homem tem que ter um mínimo de atitude. Claro,
esbocei alguns recursos não verbais. Olhares, sorrisos, sempre fui simpática,
um pouco mais do que o natural. Não deu certo. Hoje ele está na Inglaterra
fazendo pós-graduação em não sei o quê. Não me interessa...
- E este livro?
Gostas de Clarice Lispector? Eu gosto muito desse título...
- É leitura
obrigatória. Estou estudando para fazer outro curso superior. Sou professora de
Geografia, mas não estou feliz com a profissão. É desgastante. Eu era nova
quando fiz vestibular. A maioria das pessoas são novas demais quando se veem
obrigadas a escolher uma profissão. Tive uma professora no ensino médio que foi
o máximo para mim. Acreditei que funcionaria comigo...
- Uma pena que não
estejas contente com a profissão. Quanto ao livro, tenta ler com carinho, ela é
especial, lírica, etérea. Faz com que nos aprofundemos na nossa subjetividade,
seja por espelhamento ou por negação. Não pensa como leitura obrigatória.
Alguns livros tem poder de acrescentar algo positivo ao nosso ser. Quando se termina
bom livro, a gente não é a mesma pessoa que começou a ler.
- Tudo bem, ótimo
discurso, Leonardo, mas um livro pode nos introjetar coisas negativas.
Desestabiliza nosso mundo. É tão difícil
atingir certo equilíbrio emocional e vem um livro para desmoronar tudo. Pôr a
gente em crise... Hoje em dia prefiro ler coisas amenas. Romances “água com açúcar”.
Lembro que Kafka me adoeceu...
- Te entendo
perfeitamente. Mas às vezes isso pode ser receio de encarar as grandes questões
que movem a nossa existência. Ignorar certas coisas não resolve o problema. E o
mundo não é nenhum mar de rosas. Muitas vezes parece que encontramos o
equilíbrio, mas apenas estamos de olhos fechados. Há gente que dorme em
papelões na rua. Há pessoas em pânico, que tem medo de ir ao supermercado. Há
gente viciada em remédios para ansiedade, alcoólatras, adictos de substâncias
mais fortes. A batalha espiritual ou psíquica é terrível, mas tem de ser
enfrentada. Ignorar isso não nos faz melhores. Vivemos em crise, existenciais,
profissionais. Tu não me disseste agora a pouco que queres mudar de
profissão? Este é o mundo. Não é belo,
mas é o que temos. Aliás, o que pretendes estudar?
- Psicologia. É,
sou meio contraditória, tenho que admitir. Com medo de adentrar no mundo denso
da Clarice, mas quero fazer psicologia. Léo, acho que posso te chamar assim,
né? Meu nome não é Clarice. É Débora. Clarice foi o primeiro nome que me
ocorreu, olhei para a capa do livro... Desculpa.
- Capaz. Eu
também ficaria na defensiva se estivesse em teu lugar.
- E tu, Léo, teu
nome é Leonardo, mesmo?
- Sim, mas quem
conversa contigo agora, encantado com teus olhos, é Nei Percival! Ela ficou
assustada novamente, depois de uma conversa tão fluida. E foi logo dizendo:
-Poxa, agora me
deixasse confusa. Explica isso! É esquizofrenia que tu tens?
-Bom, Débora,
vou tentar explicar. Sempre tive uma personalidade virada para dentro. Sempre muito
tímido, calado. Em contrapartida, minha mente um parque de diversões. Sempre em
ebulição, buliçosa. Mas nunca consegui externalizar minha persona verdadeira, em sua totalidade. Sabe: medo, insegurança.
Desisti de saber as origens desse mal que sempre me acometeu. Sempre fui
anulado. No entanto pensamento e personalidade estavam ali, latejantes. Eu já
vinha pensando nisso há dias. Não é nada original: depois de Homero, nada é
original. Minto, Homero só compilou histórias que já existiam e criou seus
monumentos literários. Mas voltando ao meu plano. Uma espécie de
despersonalização: na verdade continuo sendo eu, mas sem o medo e a
insegurança. Sempre lutei contra isso e fui vencido. Eu precisava mudar. Para
minha sobrevivência. Mas para não se tornar algo assustador, criei o Nei
Percival. Na verdade ainda tenho dúvidas quanto ao sobrenome: Parsifal talvez
soe mais elegante. Resumindo. Sou eu, em essência, sentimentos, mas agindo como
outro.
- Fiquei
confusa. Agora a conversa parece mais maluca do que no início. Então estás
fingindo desde o início?
- Não, jamais. Sem
Percival eu teria me interessado por ti da mesma maneira e me imaginaria
tentando conversar contigo, pedindo para sentar ao teu lado, começar uma boa
conversa. Mas tudo ficaria no palco da imaginação, por que eu, Leonardo, sou
tímido. Mas Percival não é. Débora ficou
pensativa por uns segundos. Depois disse:
- Isso me lembra
daquele negócio de heterônimos do Fernando Pessoa.
- É, não deixa
de ser parecido. Bom, pensando bem, Fernando Pessoa, ele mesmo, era Álvaro de Campos; precisou da máscara para se desmascarar
e escrever o que realmente sentia. É uma hipótese, apenas. Mas se aplica ao meu
caso.
- Léo, tu és
singular. E desde quando começaste a usar esse tal de Percival?
- A partir do
momento que me levantei do meu banco para vir falar contigo.
- Ah, então sou
a primeira vítima do Percival? Mas por que foi exatamente nesta ocasião?
-Dois motivos: o
primeiro foi uma longa conversa que tive com a morte, antes de tu chegares e
sentar à minha frente. Primeiro lembrei que há dez anos, eu estava aqui
sentado, no mesmo banco, no intervalo do trabalho. Então descobri que dez anos
passaram como se fosse um dia. Menos, até; alguns minutos. O mesmo cara
inseguro que sentou aqui dez anos atrás estava novamente sentado, segurando
dentro de si um amalgama de pensamentos e tolhido na insegurança. Com muito a
dizer, mas sem atitude...
- Mas Léo, e a
morte...
- Pois é, a
morte é isso. Deixar que o tempo passe enquanto nos acomodamos num banco de
praça durante dez anos sendo a mesma pessoa. Não quero dizer que não goste de
ser quem sou. Mas faltava um pedaço importante: um pouco de coragem, atitude...
Pensar é bom, cogito ergo sum, mas
pensamento sem ação é uma energia desperdiçada. Se não houver ação, não há por
que pensar. Mas o nascimento do meu outro eu que é eu mesmo foi impulsionado
por ti. Este foi o segundo motivo. Ele veio à tona quando te vi; sabe, muitas
vezes perdemos a chance de dizer uma palavra a alguém que de repente pode ser
importante para nossa vida. A gente sonha todas as noites, pede a não sei qual
deus que ponha no nosso caminho pessoas especiais. Provavelmente encontramos
pessoas especiais em todo lugar: no ônibus, no trabalho, no supermercado. Mas
fica por isso mesmo, por que não tentamos nada, sequer um sorriso. Ou falar uma
banalidade para iniciar um assunto. E realmente achei que seria perder uma
grande oportunidade se te olhasse e te admirasse em silêncio. Senti algo
especial na tua pessoa, no teu olhar. Provavelmente tu serias uma dessas
pessoas especiais que a gente olha uma vez e não diz nada e elas simplesmente
desaparecem. Nei Percival surgiu
impetuoso, pois como te disse, sou tímido. Perguntei para ele, “mas e aí, o que
vamos dizer?” “A primeira coisa que vier na cabeça”, ele falou. Foi
assim. Em bem poucas palavras, foi o que aconteceu.
Débora ficou pensativa. Por fim disse:
-
E aí, valeu a pena a metamorfose? Gostou de me conhecer? Será que sou especial?
Porque se tu continuar usando essa
tática, podes conquistar várias mulheres.
-
Eu consegui te conquistar, Débora?
-
Claro que não, bobalhão! Eu acho que quando me formar em psicologia vou te
atender. Ela riu, para enfatizar que se que estava brincando.
-
Ahahaha, tu é gentil querida. Claro que gostei de te conhecer. Eu não sou
espiritualizado em porcaria nenhuma. Mas creio que nada é por acaso; é uma
coisa como instinto que me que diz isso. E o fato de teres conversado comigo,
prova que és especial. Eu cheguei da pior forma possível. Eu ou Percival sei
lá. Também estou confuso. Poderia ter começado falando das flores que nascem
nestas árvores, a esta época do ano e que elas ficam bonitas quando caem no
chão, formando um tapete. Teria sido mais sutil.
-
Verdade. Mas te confesso que fui ficando. Poderia ter ido embora. Acontece que
tua conversa inusitada me despertou, apesar do espanto inicial. Não aprecio clichês.
Apesar de parecer louco, tu não és um rapaz lugar comum. Tens algo diferente
que eu gostaria de descobrir. Mas não pensa que me conquistaste. Bom, agora
tenho que voltar para o trabalho. Muita aula pela frente, alunos indisciplinados...
Prazer em te conhecer, Léo.
-
O prazer foi meu, Débora. Por acaso não queres tomar um café comigo depois do
teu expediente? Que horas tu te liberas?
-
Café... Contigo... Não sei não... Meu expediente acaba às 19. Mas ainda acho
que és maluco.
-
Vamos, Débora! A conversa está tão legal, seria ótimo continuarmos...
-
Tá bom, vamos. No Expresso, pode ser?
19:15...
-
Combinado!
-
Só nós três, hein!
-
Como assim, Débora? Vais convidar mais alguém?
-
Eu, tu e o teu heterônimo: Perseu, Percival, Parsifal, sei lá.
Eu sorri. Dei-lhe um beijo no rosto. Ela
foi embora e eu acompanhei seu passo lento e sinuoso; eu estava em transe.
Finalmente era um dia feliz.
2 comentários:
To viciando nos teus textos Léo!!! Adorei! Mas imaginei tu ali, hein! Hahahha
Fico muito feliz por estar gostando dos meus textos! Obrigado, mesmo, Cátia. Infelizmente é só um conto! Pode ter certeza que é só o meu nome que está ali, heheheh Mas o leitor é livre para imaginar. Bjs, querida
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