A umidade desenhou um mapa-mundi nas paredes da sala
As lesmas escrevem meu nome na porta
Enquanto a torneira
Ejacula sua água marrom do Aqueronte
A aranha tece gentilmente
Uma cortina para minha fenestra
E depois das 22
A cozinha é de uso exclusivo das baratas
A traças se alimentam dos meus livros
E do meu diploma inútil
O telefone no cio
Grita impaciente por mim
Eu sei quem é
E não faço questão de atender
Por mim pode morrer
O telefone
Gritando.
Leonardo Alves
Leonardo Alves
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